O ferro é um mineral essencial que desempenha importantes funções no organismo, incluindo a participação no transporte de oxigênio, já que é um componente da hemoglobina.
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O ferro dietético é classificado como ferro heme e ferro não heme. O ferro heme é encontrado nos alimentos de origem animal e possui elevada absorção, além de não ser influenciado pelos fatores que interferem na absorção do ferro não heme, encontrado nos alimentos de origem vegetal e com menor potencial de absorção.
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Um dos fatores que podem inibir a absorção do ferro não heme são os polifenóis, encontrados em bebidas como café e chás, comumente consumidas após uma refeição rica em ferro. Devido a essa menor biodisponibilidade, a necessidade de ferro para indivíduos vegetarianos é 1,8 vezes maior do que para indivíduos com dieta onívora.
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Para aumentar a absorção do ferro não heme é recomendado que seja associada fonte de vitamina C ao consumo de alimentos, bem como seja evitado o consumo de alimentos fonte de cálcio, nesse último caso, próximo ao consumo de refeições com maior concentração de ferro.
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Atletas e praticantes de atividade física devem ter uma atenção maior quanto à ingestão de ferro dietético. Isso se deve à existência de fatores ligados ao esporte que podem interferir sobre o balanço negativo desse mineral, entre eles, a hemorragia gastrintestinal, a hemólise por impacto, a hemólise por radicais livres, as perdas férricas através da transpiração e, em atletas do sexo feminino, as perdas fisiológicas através do ciclo menstrual.
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Dessa forma, atletas com sessões diárias de treinos de longa duração são mais suscetíveis à deficiência de ferro, já que, além dos fatores ligados ao esporte, muitas vezes se submetem a dietas extremamente restritivas as quais podem comprometer a oferta de ferro.
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Essa deficiência de ferro está associada a sintomas clínicos como fraqueza, diminuição da capacidade respiratória e tontura. Dessa forma, além de prejudicar a performance, afeta negativamente a saúde.
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Sabe-se que existem adaptações fisiológicas ao exercício em que há o aumento do volume sanguíneo e, em decorrência desse fator, a ocorrência de uma diluição do número de hemácias e de componentes do sangue, o que dá a impressão da presença de deficiência de ferro, a chamada “anemia esportiva”.
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Assim, é fundamental o controle da ingestão de quantidades suficientes de ferro através da alimentação. Em caso de deficiência, a correção por meio da suplementação, orientada por um profissional, é imprescindível.
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Referências:
- Araújo, Luciano Ragone, et al. “Aspectos gerais da deficiência de ferro no esporte, suas implicações no desempenho e importância do diagnóstico precoce.” Revista de Nutrição 24 (2011): 493-502.
- Nishimori, Ricardo. “Avaliação do estado nutricional do micronutriente ferro em atletas femininas.” (2008): 98-f.
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