É cientificamente comprovado e sabido pela grande maioria das pessoas que crianças e adultos podem se beneficiar de práticas esportivas e atividades físicas, sejam elas individuais ou coletivas. Quando falamos da iniciação esportiva em crianças, uma série de benefícios podem ser listados, vejamos alguns exemplos abaixo:

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• Melhoria da coordenação motora;
• Prevenção ou redução da obesidade e outras doenças;
• Estímulo ao trabalho em equipe e liderança;
• Melhoria da autoestima;
• Ampliação do ciclo de amizades;
• Desenvolvimento da cognição (Raciocínio, memória);
• Estímulo e ensino do respeito a regras e disciplina de execução;

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Esses benefícios costumam se intensificar quando acompanham uma supervisão adulta competente, seja dos pais, cuidadores, instrutores ou professores que entendem as crianças e sabem como utilizar o esporte para oportunizar experiências de aprendizagem positivas.

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Os pais/cuidadores desempenham um papel muito importante na vida esportiva dos filhos. De fato, sem o seu apoio, muitas crianças não conseguiriam participar de atividades físicas. É por isso que os pais/cuidadores devem se envolver. Mas até que ponto? Qual deve ser o papel dos pais/cuidadores nas atividades esportivas dos filhos?

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Antes de mais nada, é importante citar que a família tem fundamental importância na formação do indivíduo e tem como uma de suas funções educar e preparar os filhos para o convívio social. É por intermédio das relações familiares que a criança começa a estabelecer padrões de comportamento, uma vez que lhe são transmitidos valores os quais serão internalizados.

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Não há uma regra que determine que os filhos de pais esportistas necessariamente serão esportistas e nem que filhos de pais sedentários serão sedentários. Porém, Fredricks e Eccles (2004), verificaram que os pais desempenham um papel crucial como socializadores, modelos, provedores e intérpretes da experiência esportiva dos filhos.

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A interferência dos pais/cuidadores na vida esportiva dos filhos pode se dar de forma positiva ou negativa, dependendo da forma como interferem. O envolvimento saudável acontece quando há incentivo, valorização das conquistas, apoio, encorajamento e aprovação do esporte ou atividade praticada pelo filho. Por outro lado, o excesso de envolvimento, a expectativa exagerada, o excesso de cobrança, a comparação com outras crianças e a busca de uma realização pessoal são aspectos considerados negativos e, portanto, podem ser prejudiciais a saúde física e mental da criança.

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Os pais precisam entender que a maioria das crianças querem praticar algum esporte principalmente para se divertir, fazer algo no qual se sentem bem, estar com amigos, estabelecer novas amizades, ter uma rotina fora de casa e que vencer ou ser campeão, evidentemente, não é a única razão nem a mais comum para a atividade.

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É importante ensinar as crianças que o sucesso significa superação dos próprios desafios, não necessariamente vitórias em competições. Pensando no modelo interacional de motivação, quando você entende as razões das crianças para praticar esportes, passa a ser capaz de aumentar sua motivação, estruturando os ambientes que melhor satisfaçam às suas necessidades.

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Algumas dicas que dou aos pais e cuidadores são:

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• Estimule seu filho a praticar esportes, mas não o pressione.
• Deixe-o escolher praticar e desistir, se for isso que ele desejar. Entenda o que seu filho procura no esporte e promova uma atmosfera de apoio para que ele alcance seus objetivos.
• Mantenha a vitória em perspectiva e ajude seu filho a fazer o mesmo. Em primeiro lugar deve vir os aprendizados oferecidos por qualquer resultado.

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Lembre-se sempre que o principal beneficiário da prática esportiva deve ser o seu filho e que manter uma linha aberta de comunicação, cuidado e respeito é essencial.

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Referência:

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• Fredricks, J. A., & Eccles, J. S. (2004). Parental Influences on Youth Involvement in Sports. In M. R. Weiss (Ed.), Developmental sport and exercise psychology: A lifespan perspective (pp. 145–164). Fitness Information Technology.