Por Mateus Tymburibá.
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A palavra MARATONA é comumente utilizada para se referir a processos longos, desafiadores e muitas vezes dolorosos. De fato, minha primeira maratona foi tudo isso!
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Os 42.195m da Maratona do Rio 2021 pareceram se multiplicar quando a temida dor na lateral do joelho e do quadril esquerdos reapareceu, logo no quilômetro 10! Dali em diante ela foi minha companheira indesejada, até o fim!
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Apesar da largada às 05:35h, o famigerado calor da cidade maravilhosa também não tardou para aparecer, afinal apreciar toda aquela beleza natural tem seu preço!
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Sem diminuir o tamanho desses obstáculos, ainda mais longo e penoso do que a própria prova foi o processo de preparação: foram inúmeros obstáculos vencidos ao longo dos três anos – entre lesões e pandemia.
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Não estou contando isso para me vangloriar, arrebanhar elogios nem inflar meu ego. Na verdade tenho procurado trilhar o caminho inverso. Minha intenção com esta postagem é lançar luz para o aspecto menos celebrado nesses momentos de conquista: o verdadeiro sentimento de realização só pode aflorar através do constante esforço para viver o momento presente.
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Antes de tudo, foi a presença atenta que me mostrou que esse projeto fazia sentido para mim. Não fui em busca disso por influência midiática ou de terceiros. Me esforçar para estar verdadeiramente presente em cada momento da preparação e da prova foi também o segredo para eu colher ensinamentos mais valiosos do que qualquer elogio: aceitação para superar a partida do meu querido companheiro inseparável de treinos; perseverança para vencer lesões; resiliência para suportar dores, sono e condições de treino adversas (chuva, sol escaldante, terreno acidentado); humildade para redefinir metas; flexibilidade para conciliar treinos com outros compromissos. Cada momento foi precioso e apreciado!
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Meu maior orgulho não é ter vencido um desafio fisicamente extenuante, ou correr em um determinado ritmo, ou chegar na frente de alguém. Me sinto realizado por ter sido capaz de perceber tantos ensinamentos preciosos que Deus cuidadosamente colocou diante de mim. Certamente, outros passaram despercebidos. Faz parte da minha pequenez e do meu processo de evolução. Mas renovo aqui meu voto de cada vez mais me dedicar para estar atento a esses aprendizados.
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Finalizando, reforço os dois ensinamentos centrais que ficam para mim desta jornada:
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1) Um projeto concretizado só poderá trazer-lhe a tão almejada felicidade se ele brotar do seu íntimo. Não adianta perseguir objetivos por influência de terceiros. Aprenda a ouvir a sua essência e persiga os caminhos apontados pela sua intuição! Para isso, a meditação ajuda bastante!
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2) Viva cada momento de todo o processo, bom ou ruim, com a máxima presença. Esteja focado no momento atual. Sinta plenamente as alegrias e dores de cada situação. Essa é a verdadeira beleza do processo e é essa vivência que lhe trará paz por entender que tudo está nos seu lugar. “O passado é uma roupa que não nos serve mais” e “o futuro a Deus pertence”! A meditação é também uma forte aliada nessa caminhada!
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Namastê!
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