Por Ítalo Ferreira.
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Mesmo em um ano de muitas incertezas e tristezas, tivemos momentos felizes e que nos trouxeram esperança para continuar enfrentando nossas batalhas e problemas cotidianos. Para muitos o esporte, de uma forma geral, foi grande propulsor desses momentos que nos levam a persistir.
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Se os Jogos Olímpicos de Tóquio 2021 nos inspirou e nos impulsionou grandemente, imagina os Jogos Paralímpicos… É emocionante os desafios que os atletas com deficiência têm que superar para competir em alto nível e trazer alegria para todos nós, amantes do esporte.
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Aproveitando que estamos no ritmo paralímpico, aqui estão 7 curiosidades sobre os Jogos Paralímpicos que provavelmente você não sabia
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1. Primeira Edição
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Estamos na 16° edição dos Jogos Paralímpicos. Sua primeira edição foi disputada em Roma, na Itália no ano de 1960. Sua origem foi baseada nas competições de Stoke Mandeville (Inglaterra) que tinha como objetivo reabilitar militares com deficiência feridos na Segunda Guerra Mundial.
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2. Símbolo
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Diferente dos tradicionais anéis olímpicos, o símbolo das Paralimpíadas é o Agitos, que consiste em 3 arcos assimétricos que representam o lema “Espírito em Movimento”.
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3. Modalidades
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Em Tóquio, estão sendo disputadas 22 modalidades paralímpicas. O mais interessante desses esportes é que muitos são adaptados e outros são exclusivos dos jogos, como a Bocha, disputada por atletas com paralisia cerebral ou deficiências severas e o Goalball, exclusivo para deficientes visuais.
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Os esportes adaptados, podem parecer iguais quando vistos pela primeira vez, mas são bem diferentes dos convencionais.
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Um exemplo é o futebol de 5, exclusivo para deficientes visuais com exceção do goleiro que não é cego, mas não pode sair da área e do “chamador” que fica atrás do gol adversário orientando os atacantes. O jogo ocorre em uma área cercada para evitar que a bola saia de campo. Além disso, a bola possui um guizo para que os atletas possam localizá-la por isso, a melhor torcida do futebol de 5 é aquela que faz mais silêncio, diferente do futebol convencional.
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4. Classificações
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Uma coisa que você não verá nos jogos paralímpicos são atletas com deficiências diferentes competirem juntos.
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Todos os atletas passam por testes para receberem a classificação para disputar as competições.
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Na natação, por exemplo, existem 14 classificações. De S1 a S10, são classificados atletas com limitações motoras; de S11 a S13, atletas com deficiências visuais e S14 atletas com deficiências intelectuais
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5. Atletas Olímpicos e Paralímpicos
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Muitas pessoas imaginam que existe uma grande diferença de performance e rendimento entre os atletas olímpicos e paralímpicos mas, nem sempre isso acontece.
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Um exemplo dessa afirmação é Oscar Pistorius. O velocista sul-africano possui as duas pernas amputadas, mas isso não o impediu de disputar as Olimpíadas e a Paralimpíadas.
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Natalia Partyka, quatro vezes campeã paralímpica do tênis de mesa também não ficou para trás, a polonesa já competiu em 3 edições dos jogos olímpicos.
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6. Boosting
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O boosting é o nome dado a uma das formas brutais de doping dos atletas paralímpicos. Automutilações, choques elétricos, estrangulamento de testículos e fraturas nos dedos são algumas das formas que atletas que possuem lesões na medula espinhal que afetam a sensibilidade nos membros, aumentarem seu rendimento. Ao se lesionarem, eles não sentem dor ou desconforto, mas o seu corpo reage aumentando a pressão arterial, levando mais oxigênio aos músculos, aumentando a resistência e o rendimento.
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Felizmente, essa prática foi descoberta e proibida pelo Comitê Paralímpico Internacional em 1994 e está sendo cada vez mais perseguida.
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7. O Brasil é uma potência!
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O Brasil tem vivido um grande momento no esporte, com vários recordes sendo quebrados nas Olimpíadas, e não é diferente nas Paralimpíadas.
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Em Pequim 2008, o país ficou entre os 10 primeiros colocados. em Londres 2012, ficou em sétimo lugar. No Rio 2016, ficou em oitavo lugar, porém, bateu o recorde de medalhas conquistadas, 72 no total.
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Em Tóquio, o Brasil atingiu sua melhor campanha da história e atingiu novamente o sétimo lugar no quadro de medalhas, igualando a posição de Londres 2012 e o número total de pódios da Rio 2016, mas ganha mais ouros do que em qualquer edição dos Jogos. Foram 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes.
As 72 medalhas brasileiras foram conquistadas em 14 modalidades, o que mostra a diversidade de talentos esportivos presentes no país, que enviou 258 atletas na delegação para o Japão.
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Além disso, o Brasil possui grandes nomes no esporte paralímpico. Daniel Dias é o maior medalhista paralímpico do mundo com o total de 27 medalhas na natação. No futebol de 5, também somos uma potência, nas últimas 5 edições dos jogos levamos o ouro para casa.
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As próximas Paralimpíadas acontecem em Paris no ano de 2024. E a perspectiva é de evolução brasileira no quadro de medalhas.
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