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31/03/2021

Recordistas mundiais em maratona: o que eles têm em comum?

Coluna do treinador, Maratona

Por Ítalo Gabriel.

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Uma prova de longa duração, presente nos Jogos Olímpicos desde sua primeira edição, característica pelos seus 42 quilômetros e 195 metros. Você já sabe que estamos falando da Maratona.

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Seu nome tem origem de uma lenda grega e suas histórias emocionantes, superações e recordes são alguns dos motivos que fazem com que corredores, de todos os níveis, sonhem em completar essa distância.

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Para quem já correu uma maratona, sabe que o caminho até o dia da prova não é tão simples. É necessário submeter-se a um treinamento rigoroso.

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O treinamento é algo individual, mas são aproximadamente 16 semanas de muita renúncia. Você deverá colocar os treinos como prioridade em sua vida, pois uma vida desregrada, sem boas noites de sono e boa alimentação não combina com o perfil do maratonista. Treinos longos, intensos e desgastantes farão parte de sua vida, mas a alegria de completá-los e a sensação de dever cumprido tomará seu coração.

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Você deve está se perguntando, por que tantas pessoas se sujeitam a participar dessa prova? Isso mesmo, porque não é fácil! A dificuldade de treinar e correr uma maratona é o que fascina todos os corredores. E se completar uma maratona já é difícil, imagina vencê-la? Ou melhor, imagina ser recordista?

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Alguns atletas chegaram a esse feito e se tornaram recordistas desta prova que contagia mundialmente milhões de corredores. Esses corredores têm muitas coisas em comum, por isso vamos analisá-los.

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Escolhi 3 corredores e 3 corredoras recordistas para uma breve análise.

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Masculino:

  • Wilson Kipsang – Queniano, 39 anos, 2h03min23seg, Berlim (2013)
  • Dennis Kimetto – Queniano, 37 anos, 2h02min57seg, Berlim (2014)
  • Eliud Kipchoge – Queniano, 36 anos, 2h01min39seg, Berlim (2018)

Feminino:

  • Mary Keitany – Queniana, 39 anos, 2h17min01seg, Londres (2017)
  • Paula Radcliffe – Britânica, 47 anos, 2h15min25seg, Londres (2003)
  • Brigid Kosgei – Queniana, 27 anos, 2h14min04seg, Chicago (2019)

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Ao analisar esses recordistas identificamos alguns aspectos em comum. Apesar de que é notória a hegemonia africana nos recordes da história, observamos que nem sempre foi assim, refutando qualquer linha de pensamento que diz que somente os quenianos podem quebrar recordes, mas não podemos negar que eles possuem uma genética e um biotípo favorável para um bom desempenho na corrida.

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Outro fator que ajuda na evidência dos quenianos nos pódios é a cultura. Como no país o esporte é bem visto e muito popular, é comum ter uma certa competitividade e aparição de bons corredores. O Brasil é um exemplo disso, porém no futebol, existindo muitos bons jogadores pelo motivo do esporte ser populoso no país.

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Entretanto, não podemos deixar de lado aspectos importantes que todos os recordistas têm em comum: os mecanismos fisiológicos estão dentre os mais importantes.

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Com a evolução do treinamento e entendimento melhor dos conceitos de treinamento aeróbio e de  termorregulação, percebemos o aumento da velocidade média dos corredores nas provas.

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O perfil, o biotipo, o peso, a massa muscular são aspectos importantes que ajudam esses corredores a cada vez superar seus limites.

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Além da parte fisiológica, a mente também é responsável pelos resultados desses atletas. Seguir uma metodologia de treino, ser disciplinado, ter metas e objetivos ajudam muito na preparação e no momento da prova.

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O mais interessante em analisar os recordes é perceber que eles sempre serão batidos, mas o sentimento de ter superado os seus próprios limites nunca sairão dos recordistas.

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Agora é com você, que tal bater os seus próprios recordes?

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Cristina
Cristina
3 anos atrás

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