Como sabemos, as cidades brasileiras adotaram o uso obrigatório de máscaras em locais públicos devido a COVID-19 e por isso é normal o surgimento de dúvidas sobre como fazer a utilização de forma segura e se a sua utilização influencia no desempenho durante a prática de exercícios físicos.
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A Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e Esporte (SBMEE) recomenda atividades ao ar livre, mas informa a necessidade de seguir os protocolos de prevenção como buscar um distanciamento social, evitar o contato físico com outras pessoas e respeitar o decreto de cada região quanto à liberação ou proibição de lugares para a prática de atividades físicas.
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Dificuldades que você pode encontrar realizando exercícios de máscara:
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Dificuldade para respirar: Lembrando que em exercícios de maior intensidade é normal ter uma produção maior de CO2 devido o aumento do trabalho muscular, e com a utilização da máscara pode aumentar a resistência da saída e entrada de gases pelas vias respiratórias gerando uma sensação maior de cansaço e dificuldade de respirar.
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Perda da eficácia da máscara: Com o aumento das trocas gasosas a máscara umedece mais rápido fazendo com que não se fixe no rosto adequadamente durante os exercícios, o que faz perder a eficácia do seu real objetivo.
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Redução do desempenho: Com o aumento da resistência causada pela máscara nas trocas gasosas, a sensação de cansaço aumenta consideravelmente.
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Aumento de secreções nasais: O espaço entre a máscara, nariz e boca durante a prática de exercícios fica mais umidificado por causa do suor e aumento da temperatura corporal, por isso estimulam as secreções nasais durante a prática.
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Quais os tipos de máscaras?
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Máscara caseira: Recomendada pela Anvisa, essa máscara é feita 100% de algodão, é lavável e reutilizável.
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Máscara de proteção: Recomendado na utilização do cotidiano, mas com limite de tempo de uso (algumas horas) e não é reutilizável.
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Máscara hospitalar: Somente indicado para médicos e pacientes em ambientes hospitalares.
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Quais os níveis de proteção:
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Classe N: N95, N99 e N100 são indicados para tratamento da COVID-19 e H1N1.
Classe R: R95, R99 e R100 resistem a óleo por 8 horas.
Classe P: P95, P99 E P100 mascaras resistentes a óleo.
PFF1: Filtra em média 70% a 80% das partículas.
PFF2: Filtra em média 90% a 94% das partículas.
PFF3: Filtra quase 99% das partículas.
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Existe alguma máscara mais apropriada para a prática de exercícios?
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Não existe uma máscara especifica, porque toda vez que a máscara umidifica ela perde sua efetividade, o que é inevitável durante treinos mais intensos.
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Então se for sair para correr, de preferência para que seja sozinho e mantendo o distanciamento social.
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Cuidados que devemos tomar ao colocar e tirar a máscara
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— Higienizar sempre as mãos antes e depois de colocar a máscara com água e sabão de preferência.
— Não tocar na parte da frente da máscara.
— Sempre tirar a máscara pelo elástico.
— Se a máscara for caseira sempre lavar ao chegar da rua.
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Curiosidade
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Em um artigo pulicado recentemente por Konda e colaboradores (2020) na American Chemical Society, foi testado diversos tipos de tecidos, como algodão, seda, tecidos sintéticos e combinações entre eles.
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O algodão se destacou como uma barreira mecânica em sua filtragem com 98,4% de eficácia e materiais como chiffon e seda não foram eficazes na exclusão de partículas.
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A opinião do treinador
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A utilização de máscara interfere no desempenho durante a prática do exercício físico sendo ele de intensidade moderada e forte, aumentando o cansaço e dificuldade de respirar como uns dos principais sintomas apontados pelas pesquisas.
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Não existe uma máscara ideal para a prática de exercícios físicos. Devemos respeitar o distanciamento social, decretos locais e dar preferência a treinos que possam ser realizados em casa, tendo em vista o cuidado da saúde individual e coletiva.
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