Semana passada um dos atletas da BHRace peguntou dentro de um grupo de corredores:
O que significa “pace”?
Sim…
Por estarmos há mais de 12 anos trabalhando com corrida de rua muitas vezes nos acostumamos com palavras e termos tão comuns em nosso dia-dia mas que (obviamente) pode não ser comum para corredores iniciantes ou mesmo intermediários.
Definitivamente é preciso ensinar essas palavras e o que elas significam.
Para me redimir decidi criar esse post “dicionário do corredor” e espalhar para o maior número de pessoas que se interessam por corrida!
Bem, segue algumas das palavras mais usadas no mundo da corrida:
B
Bater contra o muro: expressão usada por maratonistas que se refere à marca dos 30 km. Após essa distância, a sensação de esforço é tanta que muitos dizem que se assemelha a correr de encontro a uma parede.
BPM: número de vezes que o coração bate por minuto.
C
Caixote: expressão utilizada em algumas regiões do Brasil para designar situações na largada em que os atletas ficam rodeados e não conseguem imprimir desde o início o ritmo que pretendiam.
Canelite: dor na parte anterior da canela, normalmente relacionada ao impacto constante ocorrido durante a prática da corrida, que gera pequenos traumas na região.
Contínuo: método de treinamento em que o atleta corre sem intervalo de recuperação, podendo variar a velocidade com características progressiva, regressiva e variável (fartlek) ou simplesmente mante-lá constante.
Core: região que engloba quadril, abdômen e lombar, é considerada o centro de estabilização e de produção de força do corpo(clique aqui para saber mais).
D
Défict de oxigênio: retardo do consumo de oxigênio no início do exercício.
E
Educativos: exercícios que ajudam no desenvolvimento da técnica da corrida e no fortalecimento da musculatura dos membros inferiores.
Endorfina: substância produzida pelo cérebro e utilizada pelos neurônios para facilitar a comunicação com o sistema nervoso e outras células do corpo. A endorfina é produzida em resposta à atividade física com intenção de dar prazer e despertar a sensação de euforia e bem-estar.
Escala de Borg: escala alternativa em que o atleta usa a própria sensibilidade para saber a intensidade de esforço durante a prática de atividade física. A tabela é: 7- 8 muito fácil; 9-10 fácil; 11-12 relativamente fácil; 13-14 ligeiramente cansativo; 15-16 cansativo; 17-18 muito cansativo; 18-20 exaustivo.
F
Fartlek: treino contínuo em que o corredor alterna ritmos fortes e leves. O atleta corre o tempo todo, mas aumenta ou diminui a intensidade a cada determinada distância ou tempo (clique aqui para saber mais).
Frequência cardíaca máxima (FC Máx): valor em BPM da frequência cardíaca máxima em que teoricamente o corredor pode chegar. Também serve para determinar as frenquências cardíacas de diferentes tipos de treinamentos. Pode ser obtida pelo teste esgoespirométrico ou estimada por fórmulas matemáticas (clique aqui para saber mais).
G
Gasto calórico ou energético: aponta quantas calorias são gastas em um determinado tempo de exercício.
Glicogênio muscular: principal combustível do corpo durante a prática de atividade física. É estocado no organismo com a ingestão de alimentos ricos em carboidratos.
I
Intervalado: método de treinamento em que o atleta corre em intensidade alta durante determinado tempo ou distância e faz um intervalo de recuperação que pode ser ativo (caminhando) ou passivo.
L
Lactato (ácido lático): resíduo metabólico produzido pelo organismo quando uma pessoa se exercita além do limiar anaeróbio. Causa fadiga muscular e diminui a capacidade do corpo de absorver oxigênio.
Limiar de lactato (LL): momento em que o corredor atinge um ponto no qual a taxa de produção de ácido lático é igual à de remoção. Qualquer intensidade a partir dessa dará início ao processo de fadiga.
Longão: treino em que o principal objetivo é a distância percorrida. Costuma ser realizado uma vez por semana, geralmente aos sábados ou domingos, dias em que a pessoa pode dedicar mais tempo ao exercício.
K
Km: sigla para a unidade de medida de quilômetro.
Km/h: unidade física utilizada para medir velocidade, que pode ser entendida como distância percorrida em um intervalo de tempo de 1 hora.
O
Overtraining: também conhecido como sídrome de supertreinamento, ocorre quando o atleta força muito durante os treinos. Os sintomas são parecidos com as consequências naturais de um treinamento forte, mas são crônicos e causam queda no rendimento. O corpo perde a capacidade de se recuperar das sobrecargas sucessivas e entra em pane (clique aqui para saber mais sobre).
P
Pace: unidade física utilizada para medir ritmo (velocidade) do corredor, que pode ser entendida como intervalo de tempo gasto para percorrer 1 km. Geralmente é expresso em mim/km.
Pacer: conhecido popularmente como Coelho, é o atleta contratado pela organização de uma competição para correr a prova (ou parte dela) em determinado tempo ou velocidade. Serve de referência para os demais competidores.
Percurso: trajeto percorrido ou trajeto da prova, geralmente expresso em quilômetros ou milhas.
Pipoca: pessoa que não fez a inscrição para uma corrida, mas participa da prova mesmo assim.
Pisada neutra: tipo de pisada resultante do arco do pé normal. Durante a corrida, o corredor consegue manter a pisada centrada, não forçando o pé para fora (supinador) nem para dentro (pronador).
Planilha: planejamento ou periodização do treinamento ao longo do mês de acordo com os objetivos do corredor.
Pliometria: exercícios de saltos. O conceito da pliometria baseia-se em exercícios específicos que envolvem o ciclo alongamento/encurtamento da musculatura.
Postos de abastecimento: postos montados ao longo do percurso da prova com água, bebidas esportivas, frutas, alimentos e suplementos alimentares para que os corredores possam se reidratar e repor as energias.
Pronador: corredor cuja pisada tende para a parte interna do pé. Há desde pronadores leves até excessivos.
Q
Quebrar: palavra utilizada quando um atleta perde as forças em determinado momento da prova e não consegue completar a corrida (ou precisa diminuir o ritmo para chegar até o final).
R
Recuperação ativa: momento entre um estímulo e outro durante o treinamento em que o corredor se mantém fazendo exercício com uma intensidade mais baixa do que o estímulo. É ideal para otimizar a capacidade de remoção do ácido lático.
Recuperação passiva: momento entre um estímulo e outro durante o treinamento em que o corredor se mantém parado. É ideal para otimizar a resistência a altas concentrações de ácido lático.
Rodagem: treinos leves usados com função regenerativa.
Runaholic: pessoa viciada em corrida.
S
Sobrecarga: aumento na intensidade (velocidade) ou duração (tempo ou distância) do exercício.
Supinador: corredor que apoia a parte externa (de fora) do pé com mais intensidade durante a passada.
Suplementação: nutrientes ingeridos por meio de comprimidos ou shakes com orientação professional. São utilizados para a melhora do desempenho esportivo.
T
Tempo-run (treino de ritmo): tempo em que um atleta percorre uma distância pré-determinada em ritmo contínuo e intensidade de moderada a alta.
Tendinite: inflamação de um tendão. A principal causa é o esforço repetitivo a que o tendão é submetido durante a corrida. É uma das patologias mais comuns entre corredores.
Teste ergoespirométrico: teste que tem como objetivo mensurar o VO2 máximo e os limiares aeróbico e anaeróbico. É utilizado um analisador de gases que fica acoplado por meio de uma máscara ao rosto do corredor.
Teste ergométrico: teste cujo objetivo é avaliar o comportamento das respostas do sistema cardíaco durante o esforço. Esse teste é fundamental para a liberação do indivíduo para a prática esportiva.
Tiro: tipo de treino intervalado composto por uma sucessão de esforços intensos intercalados por períodos de recuperação.
Trail running: corrida em montanhas, trilhas, desertos ou qualquer tipo de terreno que seja acidentado (clique aqui para saber mais).
Treinamento físico: desenvolve o condicionamento geral ou específico visando atingir a máxima performance em um determinado espaço de tempo.
Treinamento funcional: exercícios que atuam em vários planos e eixos ao mesmo tempo e, assim, desenvovem força, coordenação, equilíbrio e reistência de forma global.
Treino de limiar: treino com intensidade alta, próxima do limiar anaeróbico.
Treino regenerativo: treino leve que geralmente é realizado no dia posterior a um treino intenso.
U
Ultramaratona: prova com distância superior a 42 km. A BR 135 é a mais longa ultramaratona do Brasil, com 217 km.
V
Velocidade crítica: máxima velocidade que o corredor pode manter por um período indeterminado de tempo.
Vmáx: velocidade máxima de contração da fibra muscular.
VO2 máximo: volume máximo de oxigênio que o corpo consegue consumir durante o exercício físico. É um indicador de potencial de um atleta e pode ser melhorado com os treinos. Cada indivíduo tem seu limite natural (clique aqui para saber mais).
Z
Zonas-alvo: limites mínimo e máximo de intensidade preconizados para o treino com o objetivo de obter a máxima performance.
Essas são algumas das palavras mais usadas, caso você tenha alguma que não tenha sido mencionada coloque nos comentários que acrescentamos em nosso dicionário.
Fonte: http://suacorrida.com.br
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