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27/04/2018

Destaque BHRace – Kristiano Henry

Fala corredor, Relatos

Nome: Kristiano Henry 

Treinador: Fillipe Biancardi

Tempo de treinamento na BHRace: 2 anos

Como foi sua preparação para Volta da Ilha 2018?

Foi “tranquila” (rsrs)! Se é que tem treino tranquilo para uma prova como essa e com esse treinador (ops). Foram dias de treinos com muita variação de intensidade, regenerativos, integrados, fartlek’s e o que não pode faltar elevação (ladeira mesmo).

Tiveram sábados com dois treinos no mesmo dia. Pensem na “tranquilidade” que é subir a avenida Nossa Senhora do Carmo até o Belvedere (em BH), descansar 2 horas e descer a avenida Raja Gabaglia até o bairro Grajaú…fácil né!?

Sabe de nada inocente! Ainda durante o período de preparação, realizei a minha primeira prova trial run na cidade de Mariana/MG.

Foram 14km de muitas subidas e descidas (normal, pois estamos em Minas Gerais). Mas, posso afirmar que a sensação de correr este tipo de prova com o visual e clima durante o percurso é indescritível. Vale todo o esforço!

Procurei fazer os meus treinamentos exatamente como planejado pelo treinador. Apenas não me dediquei tanto na musculação que é essencial para qualquer tipo de prova (ponto de melhoria).

Como foi a organização da prova, clima e grau de dificuldade?

Sem dúvida essa foi a prova mais incrível que já participei até então. Tudo é muito bem realizado pelos organizadores. As pessoas e a cidade são incríveis!

E o nosso coordenador Fillipe deu um show de planejamento de toda a logística da prova desde que decidimos participar deste desafio.

Esse cara é fera!

No meu caso o mais difícil foi correr o último trecho. Foram 9km debaixo de um Sol de rachar (o calor estava insano). Pensei em desistir em alguns momentos, mas, corrida de revezamento é parceria.

Cada um dos atletas faz o seu melhor em prol dos demais. Então, é sentar o pé na areia e no asfalto!

Quais trechos correu?

Meu primeiro trecho foi o de número 2, bairro João Paulo (4km). Larguei às 06:16 da manhã e o clima estava bem ameno e perfeito para a corrida. O percurso é muito tranquilo e todo em asfalto.

Tem uma pequena subida e descida no início, nada demais. O restante é plano e dá pra correr rápido (meu pace médio foi de 4’19’’). Corri ao lado de um atleta do Rio e num determinado momento ele foi o meu coelho. Fechei em 17’18’’.

O segundo trecho foi na Praia dos Ingleses (4,7km). Iniciei às 10:44. O Sol já estava forte. O percurso é quase todo feito com areia firme e plano. Tem uma parte que é feita numa espécie de mangue (pântano). No geral, é bem tranquilo. Finalizei com 21’42’’ pace médio de 4’37’’.

Meu terceiro e último e trecho foi o mais difícil de fazer. Corri da Praia da Armação até os açores (9km). Iniciei às 14:30. Nos primeiros 1,5km o percurso é na areia fofa e grossa.

Não dá pra manter ritmo e praticamente você anda, o esforço físico é alto. As panturrilhas queimam e as pernas ficam muito pesadas (porque não fiz a musculação corretamente).

Depois deste início sofrido vem o asfalto. Um trecho plano e que se estiver bem preparado dá pra fazer em um ritmo que permita recuperar o tempo perdido no início. Tem uma pequena elevação. O calor do Sol mais do asfalto consome as energias e a hidratação é fundamental.

Parei duas vezes neste trecho e foi onde quase desisti (lembra o que falei lá em cima). Por fim, chega-se à praia novamente.

 

Em busca da miragem!

Piso firme, porém você entra numa ponta e vê a chegada na outra. Parece que está no deserto (tipo miragem mesmo). Você corre, corre, corre e a transição não chega nunca..rsrs.

Com certeza, para mim a maior dificuldade foi o calor intenso.

Fechei a minha participação neste trecho em 52’31’’ (pace médio de 5’49’’), oito minutos acima do planejado pelo treinador.

Ver as pessoas incentivando na passagem do bastão e nos pontos de transição é o máximo. Parece que somos invencíveis!

Por fim, era aguardar os demais atletas concluírem as suas participações e a nossa Volta à Ilha de Florianópolis 2018.

Não sei se concordam comigo: Penso que quando corremos o corpo e a mente travam um duelo. Uma hora um quer parar e o outo quer continuar.

E vai assim até que ambos cruzam a linha de chegada (estou falando de mim hein…rsrs) com a sensação de dever cumprido e vitoriosos nesta batalha.

É isso. Que venham as próximas!

Abraço.

 

Kristiano Henry – 27/04/2018

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