A corrida pode transformar a vida de uma pessoa em diversos aspectos, não apenas no fator de vida saudável ou na divulgação desta nova vida via redes sociais. A verdade “dos bastidores” vai além da história de superação, veja algumas constatações a respeito da sua relação com a dor, previsões de tempo, consumismo, etc.
Em 99% das vezes estará dolorido(a) …
Para cada tipo de treino, cada ciclo de treinamento, cada ciclo menstrual, novas dores surgirão e novos músculos com nomes trava-língua você vai conhecer…. Você não navega apenas em terreno conhecido e um enorme leque de opções doloridas vão surgindo a medida que meses e anos passam.
Você sempre se lembrará do seu treinador ou de um treino desafiador quando subir os lances de escada. Este é um dos meus critérios de efetividade de treino… o quanto intensa são as dores quando chego no meu apartamento no quarto andar.
Desde que comecei a correr, só me recordo da sensação de pernas leves após descanso de umas semanas de regenerativo (destreino), em recuperação pós-lesão ou após uma sessão de liberação miofascial, por exemplo. Exceto estas condições, sempre existe uma queixa seja ela uma dorzinha do treino de choque aqui, um nódulo piscando ali e por aí vai…
A dor pode não ser imediata, surgindo 24 ou até 48 horas depois. No entanto, a convivência com ela, te tornará capaz de distinguir entre o que é inerente da sua adaptação e a dor que vem acompanhada de um “X” vermelho, antecedendo uma lesão.
Expert em condições climáticas?
Para quem não abre mão de treinar ao ar livre, odeia ir pra esteira correr, a previsão do tempo passa a ser de suma importância. Afinal, a temperatura e umidade afetam diretamente nos treinos, seja para aumentar o ritmo (diminuir velocidade) por temperaturas e umidade elevadas ou contrário. As chuvas, por exemplo, podem mudar os planos de treino ou influenciar no seu vestuário.
Você acaba criando o hábito de ver previsões de tempo ou dar aquela espiada pela janela para se preparar mentalmente caso saiba, por exemplo, que tem um treino de velocidade e está caindo uma chuva que pode tornar o chão escorregadio.
Posso dizer que muitos corredores vão além e sabem para uma determinada prova, qual é a mínima e a máxima temperatura.
Eu, particularmente, para provas-alvos pesquiso as temperaturas nos últimos anos. Existem sites que publicam as condições climáticas por prova (veja o site FindMyMarathon.com ou aplicativos como AccuWeather que apresenta temperaturas e probabilidades de chuva a cada hora). Enfim, nunca na vida “pré-corrida” fui muito confiante nas previsões meteorológicas. Hoje, mesmo desconfiada, passei a buscar este tipo de informação para me preparar mentalmente diante de uma potencial condição climática desfavorável.
Armário explodindo de artigos de corrida.
Tenho gavetas com muitas camisetas dri-fit, diversos shorts e saias de corrida, mas basta uma vitrine bacana ou uma Black Friday para desejos consumistas aflorarem.
Os tênis são das mais variadas necessidades… o tênis leve para os tiros, o conforto total para os longos, o que não inunda o pé com a chuva, o estruturado, o flexível… Quem não tem uma lista de desejo com modelos de tênis?
Também é ótimo colecionar camisetas de evento e medalhas, usando desculpa que desejava ir naquela corrida somente para fazer aquele percurso inédito ou para correr com seu grupo de amigos.
Para não ser consumida por culpa de gastar meu suado dinheiro em coisas que na verdade não preciso, eu me comprometo a sempre separar itens à medida que chego com algo novo em casa. Quando tenho uma sacola ou alguém arrecadando tênis, aproveito para fazer minha boa ação.
Reconhecendo seus Pares!
De tão conectado ao universo da Corrida, você passa a identificar os corredores camuflados na “multidão” (shopping, aeroporto, supermercado, rua, trabalho)… Alguns são fáceis de identificar por não largarem as camisetas dri-fit de prova, outros você reconhece o relógio com visor redondo no pulso ou também os “canelas finas” que são potenciais corredores.
Corredores gostam muito de usar tênis no dia a dia e usam os pares aposentados para academia ou passeios de fim de semana. Então aqueles modelos de linha de corrida mais antigos ou desgastados também denunciam os atletas.
Quando corri a Volta a Ilha em 2015, durante o vôo, no aeroporto e andando pela cidade usava esses detalhes que citei para identificar quem ia competir no revezamento.
A realidade…
De fato, é contagiante se ver rodeada de pessoas que não dispensam o treino sábado de manhã e abdicam de uma boa festa em prol de ambições nos esportes.
Quem não é deste universo, pouco compreende que este caminho não tem mais volta e acha graça das novas manias do amigo(a) iniciante na corrida.
Já parou para pensar em quantas outras coisas que passou a fazer depois que iniciou na correr?
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Você se identificou em alguma coisa relatada pela Nagai?? Deixe nos comentários as suas experiências com corrida!
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