A síndrome patelo femural representa aproximadamente 25% de todas as lesões dos corredores de rua, estima-se que no período de um ano 4 entre 5 atletas venham a ter esta lesão, as mulheres são mais acometidas que os homens, e a justificativa para maior incidência nas mulheres é anatômica!
As mulheres possuem um quadril mais “largo” quando comparado com o quadril dos homens, isto faz com que o alinhamento biomecânico da coxa seja medializado, o que dificulta um alinhamento adequado da patela na articulação do joelho.
O fator associado ao sexo é a maior flexibilidade muscular, articular e ligamentar presentes nas mulheres comparada aos homens, as características geralmente causam lassidão das articulações femininas.
Essa síndrome é multifatorial, ou seja, para desenvolver, há necessidade do somatório de fatores extrínsecos e intrínsecos.
Alguns fatores associados são:
- Fraqueza da musculatura do quadríceps
- Encurtamento de isquitibiais, iliopsoas, tríceps sural e banda ilitibia (BIT)
- Disfunções das musculaturas de quadril
- Pronação excessiva
- Lassidão articular
- Discrepância de membros
- Hipermobilidade patelar
- Desalinhamento patelar
A queixa de dor aparece após ficar muito tempo assentado, em subidas íngremes e/ou correndo o relato é de que a dor na própria patela aumenta.
Em suma o que acontece é que por diversos fatores ocorre uma falta de alinhamento da patela e a articulação do joelho, isto gera uma pressão seletiva na face posterior da patelar e esta pressão acaba por lesionar uma cartilagem presente.
Esta cartilagem é um tecido extremamente sensível a pressão, tanto o aumento quando a diminuição são extremamente lesivos.
O complicador do quadro é a cartilagem que é um tecido de difícil regeneração, uma vez lesionada a tendência é que o cliente desenvolva uma cicatriz no local, posteriormente pode se tornar uma lesão permanente da cartilagem patelar, mas isso é conversa para outra postagem!
Por isso a prevenção é a melhor escolha!
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