Já sentiu queimação ou mesmo uma “fincada” na face anterior da perna quando corria? Pois é, isto pode ser canelite!

O nome que que se dá a essa lesão difere um pouco entre os pesquisadores da área, alguns chamam de shin splint, outros de periostite, porém o nome que se popularizou entre os corredores e até mesmo entre alguns profissionais da saúde foi canelite, isto decorrente da fácil localização da dor.

O mecanismo de lesão é bem simples, quando se aumenta muito da demanda da musculatura da perna sem prévio fortalecimento ocasiona uma resposta destas musculaturas que acabam tracionando uma membrana que recobre o osso da perna, causando uma inflamação no local, gerando dor e incapacitação ao corredor.

A ciência ainda não sabe precisamente apontar porque isso ocorre, porém já consegue apontar quais musculaturas podem estar envolvidas na lesão: Gastrocnêmio, tibial anterior, extensor longo do halux, extensor curto dos dedos e flexor longo dos dedos.

Alguns fatores estão associados ao maior risco da lesão:

• Mulheres tem maior susceptibilidade, os pesquisadores acreditam ter algum envolvimento hormonal porém ainda faltam estudos.
• IMC elevado.
• Pronação excessiva.
• Flexibilidade reduzida.
• Biomecânica de corrida equivocada.

Essa lesão tem sinais semelhantes a uma fratura por stress ou uma síndrome compartimental, que são lesões com risco de complicações mais sérias, por isso mesmo se sentirem os sintomas é importante procurar seu fisioterapeuta para uma avaliação.

A dica para quem vai começar a correr é procurar um fisioterapeuta que tenha experiência para uma análise de marcha para minimizar os risco de se lesionar durante a pratica esportiva.

Dr. Matheus Mardenn Oliveira

Fisioterapeuta oficial dos corredores da BH RACE

Graduado pela PUC-MG

Especialista em fisioterapia esportiva pela FCMMG

matheus@fibrabh.com.br

(31) 2526-0812